Novembro, meio de semana naquela intensa agenda, reuniões e atendimentos para iniciarmos novos projetos de viagens de nossos exploradores, e nos chega o email com um convite irrecusável.
Já a um ano namorávamos a possibilidade de irmos explorar esse país que e pequeno de tamanho, mas gigante em paisagens deslumbrantes e totalmente dispares em relação a inverno e verão.
Já havíamos feito vários projetos de clientes exploradores no inverno e no verão, o que nos deixava mais aguçados em relação a necessidade de nos atualizamos in loco das atividades para serem feitas, hotelaria, serviços e acima de tudo gastronomia.
O governo Suíço juntamente com nosso parceiro estratégico, TTW Group, convidavam para uma semana de exploração na região de St Moritz e Zermatt, ambos destinos de ski no inverno, e de trilhas e treeking no verão. Os melhores fornecedores envolvidos na parte de hotelaria e de serviços, além do Swiss Travel Pass, um sistema perfeito de locomoção ferroviária, rodoviária e com acessos a mais de cem museus e atracões pais adentro.
Nosso embarque seria dia 8 de dezembro, em voo Swiss direto a Zurich. Já começaríamos nossa viagem testando a cia aérea de bandeira do país. GRU, 3 horas antes do voo já fazendo o check-in como manda o figurino, sem burocracia e rápido, já estava com o boarding pass na mao. Bora iniciar e testar os diversos serviços que já tinha listado, afinal era pré-temporada de férias e tinha que ter tudo testado para reforçar as recomendações já passadas aos nossos clientes, ou até mesmo atualizá-las e corrigi-las, caso algo fugisse do aceitável no que diz respeito de qualidade de serviço.
A Visa agora oferece um serviço de Fast-Line para portadores do cartão Infinity no terminal 3 de GRU, e fui la testar. Muito prático e rápido. Basta gerar um QR Code via app do cartão e apresentá-lo ao controle de acesso a este serviço. Em 3 minutos tinha feito raio-x e já estava na área do freeshop. Aprovadíssimo.
Como tinha tempo, resolvi visitar três salas VIP para associados de cartão de crédito Mastercard Black, Amex e o Visa Infinity – as principais e com grande adesão por parte dos passageiros internacionais que partem de GRU.
Visitei a sala da AMEX, ampla e com rápido acesso. Um bom serviço de buffet disponível, reposto constantemente e com razoável oferta de bebidas, atendia um conforto básico para a espera antes do voo. Recomendo.
De la, partir para visitar a sala do Mastercard Black, no mesmo piso superior ao lado da AMEX. Uma sala menor, porém, confortável e com um buffet bem completo em alimentos e bebidas, serviço de bar e reposição constante, além de várias estacoes de trabalho com acesso rápido a internet e a plugs de usb para carregarmos nossos celulares e demais aplicativos. So e um pouco apertada quando fica mais cheia.
Visa Infinity, nova sala VIP localizada em frente ao Duty Free, no piso térreo, e grande e com um serviço de alimentos mais reduzidos, porém um amplo bar com um serviço completo de drinques e bebidas em geral. Pontos de trabalho para os que desejam por os e-mails em dia, e acesso a tomadas para carregar seus dispositivos. Boa estrutura.
Já estava quase na hora do embarque, já no portão o voo teve seu processo de embarque bem agilizado. Decolamos pontualmente no horário, ponto para a Swiss, afinal de contas, já estávamos no clima do país mais pontual do mundo. Seriam 11 horas de voo noturno.
Logo depois a decolagem e de todos os protocolos, foi servido o jantar, com duas opções de pratos quentes, saladas, queijos e uma variedade de pães como acompanhamento, além de bebidas alcoólicas e não alcoólicas, inclusive vinhos suíços. Duas horas antes de pousarmos, foi servido o café da manhã, bom, sem surpresas.
Pontualmente as 10h30, pousamos em Zurich, zero grau la fora e nevando. Bem-vindo ao modo Frozen de viver nos próximos 7 dias. Desembarque rápido, imigração mais rápida ainda e em apenas 25 minutos eu já estava com minha mala na mão, tomando um café na estação de trem no aeroporto, incrível.
La esperaria o resto do grupo de cinco pessoas para seguirmos viagem a St Moritz em trem, 4h30 de viagem. Nosso trem partiria as 13h18 na plataforma 3 e la fomos nos. Chegamos 5 minutos antes para localizar o vagão correto, acomodar as malas no storage que fica localizado na porta de acesso de cada vagão e nos acomodarmos e pontualmente as 13h18, partimos.
Nosso vagão era da 1ª classe, com assentos amplos em fileiras de dois e dois com o corredor no meio e amplas janelas panorâmicas, afinal de contas começaria ali uma viagem cênica montanha acima. A Suica possui paisagens incríveis, idênticas aquelas que vemos nos filmes da Disney ou de conto de fadas, perfeitas onde nada está fora do lugar, e isso torna a viagem ainda mais interessante. Dormir que nada, fiquei ligado em cada cenário por onde passávamos, registrando tudo na memoria e tirando muitas fotos e fazendo vários vídeos. A última hora de viagem, quando o trem começa subir a montanha até St Moritz, as paisagens se tornam=m ainda mais lindas, pois a beleza se mistura com picos nevados, pastos branquinhos e muita neve, transformando a paisagem em algo único.
17h37, nosso trem chega a estação final St Moritz, as margens do lago entre as montanhas e o vale, cobertos de neve. Frio, devia estar menos 3 graus, desembarcamos e já localizamos nosso motorista que nos levaria da estação até ao maravilhoso e pioneiro hotel Kulm, no alto da montanha e com uma vista de tirar o folego da vila de St Moritz, do lago e de toda a cadeia de montanhas da região, cobertas de neve e iluminadas por casas, chales e hotéis localizados por la. Que beleza!
A Roberta, diretora de vendas do hotel havia viajado conosco no trem e já tinha tudo preparado para que nosso check-in fosse rápido, afinal já estávamos a mais de 18h em trânsito e sabia que todos buscavam um belo banho quente e nos adequarmos literalmente com roupas de inverno. Fui alocado para a suíte 316, localizada no prédio novo do hotel com vista pro lago, coisa mais linda.
Um amplo quarto com 60 mts quadrados, varanda e um banheiro super acolhedor era o que precisava. Desarrumar as malas, banho quente merecido e correr pro primeiro compromisso do dia que era a visita de inspeção, como chamamos, de todas as áreas do hotel, serviços e quartos ofertados para nossos viajantes.
No horário marcado nos encontramos com a Roberta novamente e iniciamos nossa caminhada por todo o hotel, onde cada porta aberta era uma linda surpresa, cada andar visitado mais bonito que o outro, afinal de contas, o Kulm Hotel foi o primeiro hotel de St Moritz, com mais de 120 anos. Foi criado por um visionário que leva seu nome, que a 120 anos atras convidou a alta sociedade londrina para passar férias de inverno na região durante o inverno. Se eles não gostassem, ele devolveria todos os valores pagos para essa estadia de 3 meses na região. Foi o ponta pe inicial para o sucesso dessa que seria a primeira estação de Ski turística do mundo. Sua localização privilegiada, no centro da vila de St Moritz permite que possamos ir caminhando a restaurantes, bares e lojas da cidadezinha charmosa de St Moritz, o que para mim e fundamental numa viagem – ter fácil acesso a atividades, restaurantes e a vida cultural local.
Já era quase 20h30, no término da visita, a Roberta nos leva por corredores no back stage do hotel, entra pela cozinha principal, e fazendo um zique zaque entre os chefs nos leva até uma mesa lindamente montada ao lado da cozinha principal, uauuuuu, Chefs Table! Ali já pudemos notar o porquê o Kulm e o que e hoje, e encanta todos os seus hospedes ano após ano. Uma sequência de oito pratos seria servida pelos chefs cozinhando ali na nossa frente, a menos de 2 metros do grupo.
Era uma dança linda de temperos, panelas, vai e vem de salsas, molhos e texturas sendo preparados para aquecer nossos corações, e que surpresa grata. Foi o ponta pé inicial digno de rei, o que já sinalizava o que viria adiante.
Na manhã seguinte nossa agenda já incluía uma manhã de ski – logo cedo, dois professores de ski nos esperavam para separar o grupo em nível de experiencia para rumarmos a montanha. Num rápido traslado de 4 minutos do hotel, já estávamos na base da montanha (Chantarella) para acesso aos meios de elevação. Em 10 minutos já estávamos na base da montanha, onde as aulas começariam a ser ministradas e os grupos seguiriam rumos diferentes. Foi incrível conhecer o nível dos professores, afinal de contas, o sucesso da viagem de ski para quem não e esquiador, e ter um bom profissional ao seu lado, e te passando dicas cruciais para que você evolua e tenha segurança para seguir adiante.
Meu instrutor, Oscar, vinha ao Chile no inverno sul-americano e ficava na Suica no inverno suico, o que ajudou bastante inclusive nas dicas verbais que eram dadas em portunhol, afinal ele já conhecia palavras e gírias que usávamos por aqui.
No meio do dia, nos encontramos para almoçar no alto da montanha, no Trutz, um restaurante super gostoso com uma vista incrível para os lagos de Engadin. Cardápio variado, vista linda para as montanhas, almoçamos, nos aquecemos e já estávamos prontos para outra.
Bora descer da montanha, esquiando, claro. Já com muitas dicas passadas pelo Oscar, a descida foi mais tranquila, mas claro, com alguns tombos necessários rsrsrsrsrsrs.
Já de volta ao Kulm, fim do dia, nos preparamos para seguir a programação de visitas e inspeções de hotel, onde nossa próxima parada seria o Suvretta House.
Hotel tradicional da região, localizado num edifício antigo e histórico, traz uma decoração mais clássica, com amplos apartamentos vista lago e montanhas.
Retornarmos ao Kulm para nosso merecido descanso.
Manhã seguinte, 7h, domingo, já todos no lobby para irmos visitar o Hotel Kempinski, localizado a 10 minutos do Kulm e a 5 minutos do centro de St Moritz. Nosso programa seria nos encontrar com a diretora de vendas do hotel, fazer uma visita de inspeção e depois seguir para o café da manhã.
Belíssimo hotel em meio ao vale e montanhas, todo nevado, esse hotel passou recentemente por uma reforma que modernizou algumas áreas comuns, e o deixou com ambientes mais modernos e não tao clássicos, dando um contraste bem bonito.
Quartos com belas vistas para as montanhas, amplos e com tamanhos diferentes, um spa completo para tratamentos estéticos e relaxamento fazem do Kempinski uma boa opção para quem vai a St Moritz.
De la, seguimos por 20 minutos rumo a Pontresina, já as aforas da vila de St Moritz para visitar o belíssimo Grand Hotel Kronenhof, em meio ao vale e a uma das áreas mais lindas que vi na região, ideal para os amantes do cross country , trilhas de ski e snow activities, afinal são mais de 300 km de pistas esperando os amantes do esporte.
Almoçamos por la , e depois visitamos o hotel que e espetacular. Uma excelente opção para quem deseja aproveitar atividades na neve, brincar com as crianças e descansar de 2 a 3 dias num lugar com paisagens únicas, afinal o hotel está no meio do vale.
Para os curiosos, não praticante, e um dos lugares ideias para aproveitar com a família brincadeiras na neve, fazer bonecos de neve e curtir bons momentos em família.
Nossa saída do Kronenhof foi diferente e em grande estilo, a bordo de uma carruagem puxadas por duas éguas lindas bretão, rumo a St Moritz, porém não contávamos com o frio de menos 14 graus que interrompeu nosso passeio no meio do caminho, já que não tinha mais cobertas para usarmos nem casaco para colocarmos. Encontramos com nosso motorista que nos levou até nosso próximo destino.
Chegamos no Badrutt’s Palace, o ícone da St Moritz, no centro da vila, na calcada mais concorrida de St Moritz, ao lado da Cartier, LV entre outras marcas renomadas.
O Badrutt’s Palace e um belíssimo hotel de alto luxo, tradicional da região e concorrido por viajantes mais exigentes e que desejam um serviço personalizado e glamoroso. Fomos recebidos pelo seu diretor geral, simpaticíssimo, que nos levou para uma visita de mais de uma hora pelos seus quartos e suítes, Spa e áreas comuns do hotel, onde cada esquina era uma agradável surpresa.
Sua decoração de extremo bom gosto, apartamentos amplos e completos com todas as necessidades para passarmos dias memoráveis, tornam esse ícone um dos hotéis mais completos da Suíça e imperdível para quem preza por alto padrão e serviço impecável.
Já no fim da inspeção, fomos surpreendidos por um cha da tarde incrível, regado a champagne, cafés e chas e uma variedade enorme de canapês doces, um mais incrível que o outro, produzidos em grande maioria com nozes locais, geleias de pequenos produtores locais e queijos da região, deixando essa visita marcada em nossas memorias pelo bom gosto e pelo serviço impecável de seu time.
Nossa agenda ainda estava cheia e saímos do Palace rumo ao nosso hotel, para um banho rápido, pois as 18h30 tínhamos outro compromisso imperdível que você saberá a seguir.
Estava menos 5 graus, saímos do Kulm caminhando pelas ruas de St Moritz e em menos de 5 minutos chegamos na Glattfelder, uma loja que vende chas locais e caviar, onde nos esperava a simpática proprietária, Nina e seu esposo. Eles estão no ramo a mais de 30 anos e conhecem e exportam caviar para o mundo inteiro. Depois de apresentações e curiosidades sobre a iguaria, partimos para a degustação de caviares vindos da China e de suas fazendas que produzem hoje os melhores caviares do mundo, onde degustamos duas variedades únicas e particulares, regadas a uma belíssima champagne francesa. Foi uma verdadeira aula de apreciação dessa iguaria que esta cada vez mais exclusiva.
De la, ainda tínhamos uma noite de encerramento em St Moritz, e fomos conhecer e degustar a fondue de queijo em um dos tradicionais restaurantes da cidade. Realmente a diferença de qualidade e sabor do produto oferecido era nítida e certeira, e claro, tudo regado a bons vinhos brancos suicos, que acabei me apaixonando e aprendendo que toda a produção de vinhos do pais e consumida la mesmo, não dando chances para exportadores mandarem mundo afora.
2ª feira, dia 12 de dezembro, 6 da manhã, malas prontas e colocadas na porta dos apartamentos. O sistema de trens da Suica oferece um servico de entrega de bagagens ponto a ponto, ou seja, você despacha em um hotel e manda para outro, desde que em território nacional, e iriamos testar essa ferramenta. Com um pequeno custo, faz toda diferença você viajar em trem sem malas, sem preocupações. As 7h15 o pessoal da SBB retirou nossas malas em St Moritz e nos seguiríamos para a estação as 9h30 para embarcarmos no famoso Glacier Express rumo a Zermatt.
Uma viagem de 8h30, pelas paisagens mais linda da Suíça e abordo de um trem especial, com teto de vidro panorâmico permitindo que tenhamos vistas únicas durante toda a viagem, e que viagem. Uma experiencia que recomendo para qualquer um que va a Suíça , tanto no inverno quando no verão. Um impecável serviço de bordo entretém a viagem, com uma variedade interessante de ofertas e serviços, além e claro, de paradas técnicas com visuais únicos e dignos de filme. Imperdível!
17h10, no horário previsto, como de praxe, chegamos em Zermatt, linha final do trem e obvio que nosso recepcionista estava nos aguardando com um minicarro elétrico para nos levar ate o Monte Cervin Palace, no centro da vila de Zermatt.
Minicarro elétrico sim, pois em toda Zermatt não há circulação de carros ou veículos a combustão, apenas e-cars – vejam que legal e que importante essa conscientização de manter o que eles tem de mais precioso intacto por mais tempo, o meio ambiente. A cidade fica mais charmosa e mais silenciosa, já que não há buzina, barulho de motor nem mesmo aquela nevoa escura de poluição, apenas paisagens limpas e infinitas do ar puro da montanha.
Zermatt e a cada da montanha mais famosa do país, o Mattherhorn, que para me deixar ainda mais feliz, estava logo em frente a varanda do meu apartamento, imponente e majestosa.
Devidamente hospedados, fomos conhecer a estrutura de esqui do hotel, afinal de contas, um dos atrativos de quem vai ate la e explorar as montanhas e centenas de quilômetros de pistas de ski da região. Descendo uma escada que sai do lobby do hotel, e seguindo por 100 mts corredor abaixo, chegamos na Jules, uma ski store que atende todas as necessidades dos esquiadores, desde equipamentos completos de ski e snowboard, até locação de roupa para os despreparados. Muito prático e eficiente. Depois de alugados os equipamentos, deixamos os mesmos no locker do ski room com o número de nosso quarto, para facilitar nossa saída na manhã seguinte.
Banho tomado, merecido, depois de uma longa jornada, e pontualmente as 18h, passava pelo lobby para ir ao meu quarto, e quem chega? O pessoal da SBB com nossas malas, impressionante – no horário marcado e dito por eles na retirada delas em St Moritz, recebemos as malas 8h30 de distância, on time. Amei isso e recomendo para todos que vao a Suica. Funciona, e prático e eficiente, além de permitir que você viaje tranquilo com a certeza que chegada em seu destino e suas coisas esperarão por você.
19h30, no lobby e fomos jantar com a simpática diretora do hotel, Sra Petra, inteligentíssima e eleganterrima, onde pudemos entender um pouco mais da cidade, do hotel e dos serviços que os turistas poderiam usufruir estando na região. Foi muito esclarecedor e abriu muito minha mante para o potencial que Zermatt tem para receber famílias inteiras.
Manhã seguinte, logo cedo, nos encontramos com os Zermatters, instrutores de ski da região para explorar as pistas da região e opções que poderíamos conhecer, vivenciar e oferecer aos nossos clientes, uma verdadeira aula e como ninguém e de ferro, paramos para um almoço no Chez Vrony, um bistrô no alto da montanha, acesso via pista azul via Sunnegga. Lugar lindo, exclusivo e com uma paisagem de tirar o folego, como várias outras da região. O legal e que se você não esquia, você pode acessar o bistrô via meio de elevação e depois caminhar por trilhas ate la.
Após o almoço, visitamos o Cervo Hotel para um apre-ski, hotel boutique superexclusivo com poucos quartos, ski in and out de Zermatt e cheio de charme. Uma esquipe descolada e um gerente supersimpático nos levou para conhecer as áreas comuns e dois tipos de quartos bem amplos, charmosos e com uma vista da cidade de Zermatt maravilhosa, aliás um hotel especial para casais, pois sua decoração e ambiente proporcionam um romantismo no ar.
Fim do dia, cansados, volta pro Monte Cervin, banho e saída para visitarmos um dos ícones hotel de Zermatt, o Grand Hotel Zermatterhof, a apenas 5 minutos a pe do Monte Cervin, conhecemos um dos clássicos da cidade, quartos amplos, decoração com muita madeira, corredores largos e acarpetados, esse hotel impressiona pela grandiosidade de sua decoração. Após a visita, nos encontramos com a diretora do hotel, Kim, uma alemã cheia de charme, linda e elegante e Anne, diretora do turismo de Zermatt para um fondue de queijo num dos melhores restaurantes de fondues da Suica, o SayCheese. Uma experiencia especial, pois além do queijo como protagonista, pudemos degustar e aprender a apreciar embutidos locais produzidos pela comunidade local, realmente uma delícia.
A agenda do dia seguinte começava bem cedo, com uma surpresa do governo local que nos deixou muito felizes. Além de estar num lugar magico, cercado de montanhas nevadas lindas, tínhamos a oportunidade de conhecer a região de cima, isso mesmo, num voo de 20 minutos de helicóptero por uma das empresas de mais prestígio do mundo, a Air Zermatt. Proprietário suíço, apaixonado por helicópteros, a empresa surgiu com o objetivo de resgatar acidentados nas temporadas de ski no inverno e trilheiros no verão a mais de 30 anos atras. Pioneiros, eles desenvolveram técnicas únicas de resgate e hoje são demandados nas situações mais extremas, inclusive no Everest.
Fizemos um sobrevoo maravilhoso, nosso piloto fez um voo sobre o Mattherhorn incrível, dando até uma sobrevoada exclusiva para vermos uma cruz depositada no topo da montanha que abençoa seus escaladores e esquiadores. Uma sensação especial de estar a mais de 5 mil metros de altura, e a apenas 30 metros da base do pico da montanha. Recomendo a todos que forem a Zermatt que façam esse passeio, vale muito a pena.
Esse dia prometia e logo depois de cair na real, seguimos para o Matterhorn Glacier Paradise, um observatório localizado a 4 mil metros de altitude, acessível depois de 30 minutos em gondolas sobre as montanhas. Trocamos de gondola duas vezes, e cada uma sentíamos o frio extremo, afinal so subíamos. Chegando no topo, menos 15 graus e uma vista incrível das montanhas da região do sul da Suíça e da Itália, Cervina. Realmente percebemos como somos insignificantes num lugar destes. Frio extremo, numa caverna esculpida no gelo, várias estatuas desenhadas no gelo eterno adornam a caverna 15 metros abaixo do topo. Muito lindo o trabalho que merece ser apreciado. Já com frio intenso, almoçamos no restaurante do topo do Glacier, e em seguida iniciamos nossa viagem montanha abaixo.
Uma experiencia única e necessária se você for a Zermatt, afinal não e sempre que estamos num Glacier a 4 mil metros de altitude sobre um platô de gelo eterno.
Nosso próximo compromisso era visitar Riffelalp Resort, um hotel exclusivo acessível pelo caminho da estrada de ferro Gornergrat, 15 minutos de viagem montanha acima. Chegamos numa estação de trem em meio a montanha, e de la seguimos por 8 minutos a pe, na neve, seguindo as placas indicativas do hotel. Claro que no caminho já pensávamos na fria que estaríamos entrando, mas de repente, na paisagem ali na frente, apareceu imponente um hotel deslumbrante, ski in and out, poucos quartos, mas ideal para aqueles que querem ir a região apenas esquiar. Quartos amplos, pista de boliche no subsolo, um bar com vista para o Matterhorn acolhe os que chegam e mimam os que estão la hospedados. Uma excelente escolha para esquiadores fanáticos. A única observação que deixo, e que este hotel e acessível unicamente via esta linha de trem, que tem interrupção de seu serviço as 11pm, retomando apenas as 6am do dia seguinte.
Última noite nesse paraíso, jantar e preparar as malas para despacharmos nossas malas até as 7am do dia seguinte, dessa vez diretamente para o aeroporto de Zurich, onde embarcaríamos na noite seguinte. Claro que o serviço door to door funcionou como um relógio, o que nos ajudaria muito, já que a programação do dia seguinte estava cheia.
Partimos de Zermatt as 9h30 via trem rumo a Zurich, numa viagem de três horas bem tranquila. Chegamos em Zurich, sem malas, já que havíamos despachado para o aeroporto, e fomos explorar a cidade, comer algo, já que tínhamos nosso último compromisso profissional no La Reserva Au Lac, belíssimo e exclusivo hotel as 16h.
Caminhamos pela Bahnhofstrasse até o La Reserve, cruzando pelos mercadinhos de Natal as margens do lago, chegamos a este suntuoso palácio assinado por Philippe Starck aparece suntuoso e cheio de elegância no horizonte. Passamos pela recepção, e de cara percebemos o aroma do ambiente característico do La Reserve, afinal de contas, cada hotel possui um aroma único e exclusivo. Visitamos duas de suas suítes, uma mais linda e exclusiva que a outra juntamente com sua diretora de vendas, Carina. Realmente um hotel especial, cheio de charme e com um serviço impecável. Como tínhamos que seguir para o aeroporto, fomos convidados para um brinde no bar vista lago e de la seguimos caminho para o aeroporto de Zurich.
Fizemos o trecho cidade ao aeroporto em trem, claro, já que funciona tão bem, rápido e pontual, em 10 minutos deixamos a estação central de Zurich e chegamos no aeroporto. Mais 5 minutos meu check-in já estava feito na Swiss, rápido e eficiente.
Aprendi muito nessa semana estando num país onde tudo funciona como um relógio, o serviço e prestado sempre a altura do que se espera e as pessoas são receptivas e educadas. Muitos dizem que e mais caro que outros lugares da Europa, mas podem ter certeza que vale cada centavo investido para que sua viagem saia perfeita. Há muito mais para falar e oferecer, mas esse já outro capítulo que faz parte do nosso dia a dia e consultoria. Vamos para Suíça?
Agradecimentos ao Turismo da Suica, Swiss, Kulm Hotel St Moritz, Mont Cervin Hotel Zermatt , St Moritz Tourism, Zermatt Tourism, TTW Lab
#zermatt.matterhorn
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