No terceiro trimestre de 2023 finalmente os voos Brasil para Africa do Sul voltaram a operar, depois da pandemia do Covid 19.
Eram aguardados ansiosamente por operadores e hoteleiros, afinal de contas a unica forma de chegar ate la , desde o Brasil eram em voos via Oriente Medio ou países do norte da Africa, que nem sempre apresentam boa malha aérea ou qualidade de serviço e atendimento.
Decidimos explorar o país bem no começo de 2024, justamente para trazer a prateleira as opções de viagem para nossos clientes mais exigentes e aventureiros, além dos que buscam atividades fora do obvio.
Por isso, escolhemos embarcar no fim de fevereiro para a África do Sul. Com a ajuda de nosso parceiro operacional preferencial, a TTW Group, montamos um itinerário desenhado a quatro mãos e com um único objetivo: conhecer produtos que voltaram aos holofotes com novidades para testá-los, além das novidades que se apresentam como a mídia como incríveis e imperdíveis. Nos iriamos julgar isso. Nem sempre o que a mídia publica e a realidade e nosso objetivo era saber mais afundo o que acontece e o que há de novidades nem sempre conhecidas para oferecermos.
Iniciamos a pesquisar e acionar contatos locais na África para ver o que visitaríamos, qual rota fazer e o que visitar. Levamos uns 45 dias para montar o roteiro ideal e ai partimos para as reservas. Nosso objetivo era testar tudo, o que nos levou a reservar uma noite em cada hotel nas sete noites que ficaríamos por la.
Nossa primeira parada era Hoedspruit, base aérea localizada na área do Kruger National Park para fazermos um safari e buscar os Big Five. Apenas 30 minutos de voo de Johannesburg, chegamos na base aérea e la já estavam nos esperando o Ian e Jonh, o ranger e o tracker que ficariam comigo três dias para conhecermos tudo que a reserva tinha a oferecer.
Desembarcado, mala retirada na esteira do charmosíssimo aeroporto escondido em meio a paisagem, embarcamos na Land Cruiser, e em 100 mts já entramos na propriedade da reserva do Kapama Safari – literalmente 2 minutos do aeroporto, o que e uma benção para quem vem direto do Brasil - melhor escolha de itinerário. Em 30 minutos já estava sendo recebido pela simpática Claire no Kapama Karula, o lodge de luxo da Kapama. Hospedado numa villa deliciosa, enorme, piscina privativa com vista para a savanah, já desarrumei a mala, aquele banho para lavar a alma e já parti para o almoço, numa biblioteca lindíssima, rustica e tematizada em sua decoração com as mais finas telas e mobiliários africanos. Um charme!
Várias opções de cardápio prontamente apresentado pela Charlene, a hostess do restaurante, almocei algo local, pois logo mais, em menos de uma hora, faria meu primeiro safari no Kapama.
Era 16h, embarquei sozinho junto com o Ian e Jonh para aventurarmos pela reserva do Kapama. Estava calor, uns 32 graus, mas nada abafado ou aquele calor que incomodava – por incrível que pareça. Em menos de 15 minutos já nos deparamos com aquelas lindas girafas se alimentando da copa das arvores. Como são lindas! Vida que segue, circulando com binóculos na mao e os drivers se comunicando por radio, sempre um dando dica para o outro de onde estão ou onde achar tal animal – isso sim fez a diferença.
Ai começamos a avistar rinocerontes, hienas, muitas hienas, pumbas (do filme da Disney) , aves das mais variadas etc. Já estava anoitecendo, mais fresquinho e de repente, numa curva em meio aos arbustos, cinco leoas devorando o que antes era um búfalo. Incrivel! Um banquete dos deuses para aquelas cinco ladies. Duas já estavam estiradas no chão, com respiração ofegantes, panca cheia e as outras três ainda se deliciando.
Fiquei ali observando por uma meia hora, ate que uma delas sai de fininho rsrsrs, em busca de agua. Perto de onde estávamos havia uma lagoa e seguimos ela, quando digo seguimos, me refiro a estarmos no jeep, seguros e irmos atras dela, devagarzinho.
O engraçado e que os animais não conseguem distinguir as pessoas no jeep individualmente. Para eles e tudo uma única imagem. Por isso e que não há perigo de ficarmos dentro do jeep observando a vida selvagem fora do veículo.
Voltando a essa leoa, rapidinho ela estava as margens do lago se hidratado. Tirei foto para que vejam o que vi.
Anoiteceu, e segui para o lodge. Aquela refrescada, e claro uma bebidinha. Você sabia que a maioria dos safaris e all inclusive??? Café, almoço, jantar e todas as bebidas alcoólicas e não alcoólicas incluídas, inclusive as do frigobar da sua villa? Pois e, sorte que estava na Africa do Sul, onde temos ótimos vinhos. Foi o tempo de abrir uma garrafa de vinho, sentar o deck da minha vila a beira da piscina e dar uma trabalhadinha apreciando um bom vinho local.
Na manhã seguinte, as 5h levantei e já me encontrei o Ian para sairmos pro safari matutino. Maravilhoso, era como se fosse uma continuação do noturno. Muitos elefantes, mais girafas, leões e leoas, foi muito legal. Como ainda estava fresquinho, os animais estavam ativos e circulando.
Como estava a trabalho, além do lazer, nesse dia me dediquei pela manhã a visitar dois lodges do Kapama que ficam na mesma reserva. O primeiro foi o Bufalo Camp, um lodge que amei pois eram tendas em forma de palafitas com todo o luxo que tinha no meu hotel, ar-condicionado, frigobar, banheiro enorme com banheira e uma ducha deliciosa além de uma varanda enorme com vista para a savanah. Mesmo sendo uma tenda, o conforto estava ali presente, inclusive uma piscina de uso coletivo nas áreas comuns do hotel. Vale muito a pena considerar como uma boa opção de hospedagem.
Dali, seguimos para o Kapama Southern , outro meio de hospedagem, um pouco mais simples em relação ao Karula onde estava e ao Bufalo Camp, alias esse a proposta era diferente, mas muito legal. Mais popular, porém com os mesmos cuidados na decoração e serviço. Mais econômico, mas com todos os serviços oferecidos nos demais, all inclusive, dois safaris diários e tudo mais.
Comecei a entender a diferença entre eles. Essa diferença ficou ainda mais clara depois do safari da tarde, onde fui visitar o Kapama River Lodge, um hotel bem legal, melhor que o Southern, onde os quartos eram divididos em dois prédios. Um deluxe, mais tematizado em Africa, e as Spas Suites, mais amplas e próprias para acomodar até três pessoas por apartamento. Uma ampla área de lazer comum, piscina com bar molhado, Spa e um novíssimo restaurante esse lodge me encantou, principalmente para famílias que viajam com filhos ou amigos que queiram estar juntos. Os quartos possuem a possibilidade de famílias se hospedarem próximas, pois existem alas do hotel onde quartos podem se comunicar através de um hall.
Na parte da tarde, o safari foi intenso, muito legal, mas ainda tinha que visitar a última novidade do Kapama. Eles construíram uma residência, ou seja, uma casa com 3 suites para acomodar até 6 pessoas com uma estrutura supercompleta. Academia de ginastica, ampla área de lazer externa, piscina, sala de jogos, escritório e até um chefe de cozinha residente que está a disposição da família para atender os desejos culinários. Uma superatenção e que para famílias mais numerosas vale muito a pena essa exclusividade. O mais legal e que para essa casa você terá um jeep exclusivo para você, com seu ranger e tracker. Fazendo as contas na ponta do lápis vale muito a pena se hospedar nessa casa se vc viaja em um grupo de seis pessoas.
Esse dia me dediquei ao trabalho, afinal essa era a intenção de estar por la. Muitas anotações, fotos, visitas e conversas com a equipe de cada lodge. Todos muito simpáticos, receptivos e ansiosos em receber brasileiros.
Na manhã seguinte, arrumar mala, pois voaria para Cape Town. Como a base aérea era ali ao lado, sai com pouco tempo antes do voo, o que ajudou muito a descansar do dia intenso anterior. Voava de Airlink, uma cia aérea local que opera com aviões Embraer, os mesmos da Azul aqui do Brasil – um servico de bordo superbom, poltronas em couro, confortáveis e um voo rápido de 1h40 ate meu próximo destino.
A partir daí começaria a correria, afinal seriam cinco noites, cinco hotéis diferentes, o que não permitiria que eu arrumasse ou desarrumasse a mala diariamente. Pousamos em Cape Town as 16h30 e la já estava meu guia local, John (alias todos se chamam John por la rsrsrs, pois os nomes de batismo são super complicados e varia de acordo a tribo onde nasceram).
Esse John era Moçambicano de nascença, mas fora criado em Cape Town e falava até que bem o português, o que ajudaria muito quando enviarmos clientes que não tem domínio da língua inglesa. Do aeroporto fomos para o hotel, já no fim do dia. Essa noite me hospedaria no bairro Gardens, alto da cidade, próximo a Table Mountain – Cape Cadogan, uma casa do século 19, branca, estilosíssima e cheio de charme. Quartos no térreo e no andar superior, amplos e confortáveis, varanda estilo Bayoux (me lembrou muito New Orleans). Hospedado num quarto com vista para a Table Mountain, aproveitei para descansar um pouco para depois jantar ali mesmo, no Upper, um restaurante local ao lado do hotel. Delicioso. Super jovial, estilo Vila Madalena, gente bonita e animada. Anotem, pois a gastronomia deles e incrível e saborosa. Pedi uns três pratos de entrada, todas opções locais para experimentar. Valeu a pena. Foi uma introdução a cozinha sul-africana.
Na manha seguinte, as 8h, me encontraria com o Jonh para fazermos uma programação que normalmente as pessoas levam três dias, mas a missão era cumpri-la em um dia. Parimos do hotel rumo a Table Mountain, a apenas 3 minutos em carro , chegando la , a fila para compra do ingresso estava bem cheia, igual a da subida do bondinho. Sim, há outras formas de subir além do bondinho – várias trilhas a pe levam ate o topo da montanha em ate 3h de caminhada. A paisagem e incrível, mas não tinha esse tempo. Optei por pagar o sistema fastpass, ou fura fila. USD 50 eu fui colocado literalmente dentro do primeiro bondinho e subi ate o topo. La me juntei a um grupo de alemães que estavam sendo guiados por um guarda parque e ouvi todas as explicações a respeito da Table Mountain, do sistema de elevação e de sua história. Muito interessante, mas nada comparado a vista panorâmica 360 graus que temos la de cima. Um passeio imperdível.
Visto a Table Mountain, partimos para o Cabo da Boa Esperança, 1h dali em carro. Optamos por ir pela estrada rápida, para ganharmos tempo e chegando já na área do Parque Nacional pude entender o que os navegadores dos séculos passados relatavam dos mares agitados, ondas gigantes e ventos cortantes. Lindo o lugar, mas o tempo nublou de repente e começou a garoar.
Dali, seguimos para a praia dos pinguins, Boulders, onde simpáticos pinguins perambulavam a beira mar, entretendo os turistas. Vale a visita. A praia e lindíssima e está a caminho do Cabo da Boa Esperanca.
Como teríamos que regressar a Cape Town, optamos por voltar via litoral, percorrendo a Hout Bay Road, no Tokai Forest Reserve. Uma estrada panorâmica lindíssima, onde do lado direito do carro descia um penhasco altíssimo e do lado esquerdo o Oceano Atlantico. Essa estrada foi construída por italianos nos anos 50, que para a época a tecnologia e a técnica para construírem em lugares como esse tinham de ser muito evoluídas, segundo o Jonh. Realmente as paisagens eram incríveis. Realmente e difícil de descrever, pois cada curva a paisagem mudava.
Como missão dada e missão cumprida, era quase 18h chegada de volta a Cape Town, mas dessa vez já em outro hotel. Essa noite dormiria no icônico Belmont Mount Nelson, uma referência de luxo na cidade.
Um complexo de prédios históricos em meio ao bairro Gardens, todos em cor rosa, esse hotel e sinônimo de elegância, luxo e atendimento. Uma recepção em madeira escura brilhando, um time simpático de recepcionistas me recebeu com sorriso no rosto. Uma vez anunciado, fui recebido pela gerente de vendas Natasha, uma simpática sul-africana que me levou para conhecer todo o hotel. Realmente me impressionou a beleza do lugar, mas tudo com elegância harmonizada, em tons pastel, quartos amplos, jardins impecáveis e uma piscina que de longe me chamava para dar um mergulho.
Muita conversa durante a visita ate sentarmos para tomarmos algo no bar do hotel. Lugar agradável numa área externa próximo a recepção, lotada de hospedes curtindo o por do sol e começo da noite. Ali começou uma viagem gastronômica pela África do sul. A Natasha me fez experimentar excelentes cervejas locais, isso mesmo, produzidas ali mesmo na cidade, além de petiscos variados, todos com sabores da região, um mais gostoso que o outro. Chega o gerente geral, simpaticíssimo Thiago que havia morado no Brasil e dirigido o Belmont Foz do Iguacu e ai a conversa se ficou mais animada. Foi uma noite muito agradável, onde três profissionais do turismo trocavam experiencias, ideias e falávamos do nosso dia a dia. De la nasceu muitas ideias de como melhorar ainda mais o atendimento dos nossos viajantes. Aguardem!
Cedinho já começava nossa agenda, dessa vez para visitarmos as regiões dos vinhos, onde o plano era visitar vinícolas que havia pesquisado e que estavam fora do circuito turístico – amo sair da caixa – acho q o verdadeiro profissional da área precisa sempore buscar inovar, sair do mesmo e ser ousado. Os mesmos, nossos clientes não querem, e o que penso. Por isso fiz minha lição de casa e antes de ir conversei com muita gente da área de vinhos e achamos três vinícolas incríveis, únicas que nem mesmo nosso guia Jonh , nem nosso receptivo local ,conheciam. E olha que eles ficaram de queixo no chão.
Uma hora depois que saímos de Cape Town, escolhi visitar a vinícola pemium, uma pequena vinícola boutique bem charmosa, com rótulos premiados e deliciosos, afinal para saber isso tive que degustar os oito rótulos premium da vinícola. Como funcionava: cada rotulo degustado você pagava uma taxa. Se você comprasse vinho, esse valor da degustação era descontado ou ate isento. Descobri que o melhor Merlot das safras 2021 e 2022 sul africanos, eram deles, e e claro que tive que comprá-los. Já ali minha preocupação com a mala de regresso ao Brasil acendeu luz vermelha rsrsrsrs.
Seis garrafas mais pesado, saímos de la rumo a próxima vinícola, bem ao lado, dessa vez uma mais conhecida pelos sommeliers locais, mas desconhecida pelo nosso guia que se surpreendeu novamente. Dessa vez degustamos os vinhos da vinícola vizinha, que realmente me deixaram animados. A sala de estar da vinícola estava cheia, na verdade era 11h e as 8 mesas de degustação estavam ocupadas. Como não tinha tempo de sobra, me apresentei, conheci o enólogo chefe e expliquei que estava ali em busca de novas perolas para nossos clientes amantes do bom vinho. O rapaz so faltou me carregar no colo. Me fez degustar quatro rótulos premium ali mesmo, no balcão da vinícola e e claro que todos eram maravilhosos, o que me fez ficar mais preocupado com a mala. Mais quatro pro estoque. E seguimos.
No caminho, o Jonh quis me apresentar uma vinícola e hotel Delaire Graff, perto dali e valeu a pena. Eles além de terem uma vinícola e restaurante delicioso, tem um hotel Relaix Chateaux no alto da montanha com dois restaurantes exclusivos para seus hospedes de culinária oriental. Tudo muito elegante, belas obras de arte espalhadas pela propriedade, jardins verdes brilhante super bem cuidados, mas como estavam lotados não pude conhecer suas villas, mas pelos comentários locais, são maravilhosas. Alias, os amantes de diamantes se encantarão com a joalheria que fica no lobby da propriedade, do mesmo proprietário do hotel, o joalheiro Laurence Graff.
Como tínhamos uma visita agendada na Babylonstoren, uma propriedade com hotel, restaurantes e fazenda, seguimos viagem. Nosso objetivo era visitar os lodges da fazenda, e entender como eles trabalhavam, afinal de contas eles além de restaurante, mercado de queijos, paes, carnes e delícias locais, eles ainda ofereceriam charmosos dormitórios de um a três quartos para viajantes em busca de descaso e férias em um ambiente autossustentável. Realmente a proposta bem interessante para quem quer se desconectar ou até mesmo fazer um passeio de dia inteiro desde Cape Town.
Partimos de la rumo a Leeu Estates, uma propriedade para os mais exigentes. São dois edifícios, uma casa com seis suítes e outras duas construções em estilo de villa, sendo uma com quatro suítes e outra com duas suítes em meio a montanha cercada de parreirais, realmente um charme. O conceito de luxo e exclusividade se enquadra muito bem com a Leeu Estates. Uma equipe de colaboradores muito simpáticos e atentos, te recebem com um sorriso estampado no rosto e já lhe oferecem uma toalha umedecida fria e um welcome drink conforme seu desejo, já quebrado aquela viagem de uma hora desde a cidade. Ponto alto sem dúvida e o La Petite Colombe, um restaurante gastronômico que atende exclusivamente seus hospedes com uma gastronomia impecável e cheia de surpresas.
Como estava la para visitar, fui recebido pela simpática gerente de hospedagem, que me levou para conhecer toda a propriedade em meio as vinícolas, que e um charme, mas também para conhecer as outras duas propriedades na rua principal de Fraschhoek, a poucos minutos dali onde visitamos a Leeu House, so para adultos e a Le Quartier Francais, para famílias. Essa e uma opcao deliciosa para quem viaja com amigos e filhos, pois suas suítes ou villas ficam em meio a um jardim super gostoso e no centro uma piscina e pequena área de lazer.
Realmente a proposta e bem interessante e atende muito bem os viajantes que buscam exclusividade, conforto e elegância.
O fim de tarde se aproximava e partimos rumo a Cape Town. Nesse dia a pernoite seria no Pullman Cape Town, a 5 minutos a pe do Waterfront, região da cidade as margens do mar – um grande boardwalk, cheio de restaurantes, lojas, centros comerciais e atracões que funcionavam noite adentro. Como cheguei tarde, cheguei no hotel e aproveitei para fazer anotações do dia, e comi ali mesmo, no quarto. Um hotel corporativo, quartos enormes e uma ótima opção para quem busca budget, mas com um bom serviço.
Cedinho, mala pesada e fechada, partimos para visitar hotéis em Cape Town, afinal esse era meu objetivo. Nossa primeira parada foi o hotel Twelve Apostels, a 30 minutos de Cape Town, mas frente mar numa das regiões mais lindas da cidade e ao lado da cordilheira de montanhas que leva o mesmo nome. Um hotel de luxo, charmoso encrustado na montanha, frente mar, realmente e uma alternativa para quem quer fugir do agito.
Visitado o hotel, voltamos para Waterfront, dessa vez nossa parada era no tradicional hotel Victoria & Alfred, um bom quatro estrelas no meio do agito, restaurantes e lojas. Quatro andares, com uma vista linda da baia, quartos grandes, bem confortáveis e um banheiro moderno e cheio de espelhos. Realmente a localização e muito privilegiada.
Tinha horário agendado para a próxima visita, o que não me deu tempo de muitas fotos nem conversa. Nossa parada seguinte era o moderníssimo e novíssimo The Silo, hotel de luxo superior, construído onde era um antigo silo da região portuária da cidade. Lindíssimo, extravagante, decoração vibrante em todo o hotel, uma suíte mais linda que a outra, mas o rooftop realmente foi uma surpresa. 360 graus da baia e do Waterfront, paisagem única. O hotel esbanja charme, cores e obras de arte que combinam com os carpetes, quadros e decoração usadas em suas áreas comuns e suítes. Uma alternativa para os amantes da arte e da extravagancia sem dúvida alguma. Suas suítes são todas em vidro, o que faz com que você se sinta parte da paisagem quando as persianas estão abertas, aliás essas todas automatizadas e que fazem você literalmente verbalizar “uau” quando se abrem para observar a paisagem.
A 100 mts do Silo, visitamos o Cape Grace by Fairmont, esse hotel recém reformado e recém-inaugurado no Waterfront. Não conhecia como era antes da reforma, mas agora esse hotel conquistou meu coração. Pe direito alto, lobby em tons pastel, todo em vidro, decoração superelegante e clean, piscina externa superconfortável e servida por espreguiçadeiras novinhas em madeira, todas com vista para o mar, acolhem quem quer tomar um sol ou apenas dar um mergulho para refrescar. Os apartamentos, todos reformados, são clean, amplos com janelões ou portas do teto ao chão em vidro, permitindo que a luz do sol entre no ambiente. Realmente um show. Conforto, elegância e serviço a la francesa são o sinônimo desse hotel.
De la tínhamos agendado visita ao One and Only Cape Town, a 50 mts do Waterfront mais ao lado do Centro de Convenções da cidade. Chegando no hotel, um imponente prédio de seis andares e um lobby todo em vidro com uma vista para a Table Mountain como cartão de visita para quem chega, impressiona com a suntuosidade daquele lobby bar todo iluminado, floreiras enormes com flores coloridas – o que gosto do One and Only e a cultura da empresa – conhecemos bem a marca e o conceito de bem servir seus hospedes. O interessante e que eles são orientados a cumprimentar seus clientes curvando a cabeça e colocando a mao direita sobre o peito esquerdo – um gesto de “estou ao seu dispor”. Todos os colaboradores que você cruza, repetem esse gesto de forma automática.
Como essa seria minha última noite em Cape Town, e esse seria meu último hotel na cidade, já fiz meu check-in, guardei minhas coisas no quarto que tinha uma vista única pra Table Mountain e parti para explorar a pe a região do Waterfront, afinal de contas ate aquele momento tinha me dedicado apenas a visita a hotéis e pontos de interesse.
Aliás, as áreas comuns do hotel são incríveis – eles têm uma ilha em frente ao edifício principal onde ficam varias suítes, todas com vista mar, além de uma enorme piscina que nos convida para um mergulho. O Spa, e um capítulo a parte. Enorme, com várias salas para tratamentos diversos e uma simpatia única das recepcionistas. Nessa área do hotel eles tem um restaurante ao ar livre que funciona ate a noite e acaba sendo uma ótima alternativa para quem quer algo mais informal e ao mesmo tempo incomparável por causa da vista da Table Mountain.
Caminhei umas quatro horas pela região, entrei em todas as lojinhas, restaurantes e bares da área para ver o que ofereciam aos seus visitantes e percebi que o que não faltava eram opções. Todos os tipos de gastronomia estavam ao nosso alcance. Há um espaço da Time Out so com bares e restaurantes em formato de uma grande praça de alimentação, com mesas coletivas para vc escolher o seu prato ou bebida preferida e sentar-se a mesa. Uma ótima alternativa para uma refeição rápida.
Já no Waterfont vários restaurantes com mesas externas com vista pro mar ofereciam experiencias diferenciadas e para todos os gostos, realmente uma ótima alternativa para um jantar diferente.
Ainda falando da região, há um mal enorme com mais de 150 lojas de marcas variadas, além de lojas de souvenirs e de artigos locais espalhadas, onde você encontra tudo o que precisa.
Realmente hospedar-se naquela área e uma excelente alternativa, pois você tem tudo ao seu alcance. Não quer agito, não há problemas. Pode se hospedar no Gardens (a 8 minutos dali) que também estará num paraíso cheio de restaurantes e bares da moda, além de aproveitar da hospitalidade dos hotéis Belmont ou Cape Cadogan.
Cape Town não e uma cidade muito grande não. Ela tem apenas 4 milhoes de habitantes e os centros de interesse estão concentrados entre a Table Mountain ao norte, no centro a região de Gardens e ao sul o Waterfront – numa linha reta você leva 15 minutos da Table Mountain até a região do Waterfont. Para nós que vivemos em São Paulo, isso e praticamente nada.
Já era manhã de sábado, meu voo partiria na hora do almoço. Nosso amigo Jonh me levou para o aeroporto e ali no trajeto fizemos um brainstorm do que tínhamos visto naqueles dias, para ajustar as ideias e ao mesmo tempo poder ver se não tinha esquecido nada no meu caderninho de anotações. Tudo em ordem.
Meu próximo destino era Johannesburg, capital administrativa do pais. A Africa do Sul tem três “capitais” ou cidades importantes. Johannesburg como capital administrativa, Cape Town como capital politica e sede do parlamento e Pretoria como capital judiciaria.
Chegando em Johannesburg fui recebido pelos irmãos Azafo, dois moçambicanos que cresceram na Africa do Sul e trabalhavam já no turismo a mais de 10 anos. Super jovens e simpáticos, conversamos muito sobre a cidade, sobre segurança, política e economia, já que tinha apenas algumas horas para visitar o que normalmente se visita em dois dias. Dormi no bairro de Sandton, o Jardins de Johannesburg – no The Maslow hotel, um 5 estrelas ao lado do melhor mal da cidade – meio que uma ilha paradisíaca em meio a Johannesburg.
Decidi por as ideias em ordem naquela noite, anotando tudo que tinha visto e experienciado, para poder escrever esse blog que estão lendo agora e e claro, guardar na memoria para poder usar nos planejamentos de viagens e conversas com nossos viajantes.
Domingo cedo, deu tempo de visitar o Museu do Apartheid. Já no momento da compra de ingressos (R65), uma curiosidade chama a atenção: o papel que permite a entrada no museu tem uma inscrição aleatória que diz "entrada para brancos" ou "entrada para não brancos", e é esse ingresso que define qual porta você deve tomar para entrar o museu - se seu ingresso indicar uma entrada para brancos, você deve entrar na porta para brancos; se indicar entrada para não brancos, deve-se entrar pela porta equivalente. As duas portas distintas na entrada no museu, com uma divisão baseada apenas na cor da pele, podem chocar, e é essa a intenção: mostrar quão discriminatório foi o regime de segregação racial.
No interior do museu, o acervo é grande. Fotos, vídeos, painéis, objetos e outros artigos contam a história de pessoas comuns e de pessoas famosas, como o ex-presidente sul-africano Nelson Mandela, durante o apartheid. Mais do que contar a história de pessoas e mostrar como foi a segregação, o museu tem o objetivo de conscientizar seus visitantes e promover a luta contra a discriminação racial.
Reserve ao menos duas ou três horas para conhecer o museu, que tem muitos pontos interessantes e lhe abrira a cabeça em relação a essa fase tao cruel da história do país.
Hora de voltar. O Aeroporto era ali do lado, e la fui eu.
Check-in da Latam supertranquilo, mas nesse momento descobri uma coisa que poucos sabem e falam.
Você sabia que a Africa do Sul tem Taxfree para estrangeiros???? Pois e, tudo que você consumir no pais, tudinho (comida, passeios, compras etc) tem uma dedução de 15% de cashback. Basta você guardar as notas fiscais e apresentá-las antes do check-in de suas malas num guichê localizado em frente aos balcões de check-in das cias aéreas. Porque antes: pois se houver necessidade de reconfirmarem algo, você está com suas coisas ali para comprovar. Vale muito esse processo.
Da Latam, o voo bem tranquilo. Do Brasil para Johanesburgo foram apenas 8h15 de voo, direto no B787. Na volta e um pouco mais longo, levamos 9h20 de voo, direto e no mesmo equipamento. Serviço de bordo ok, nada do outro mundo, mas a praticidade de voar direto não tem preco.
Agora chegou a sua hora de planejar sua ida para la. Gostou? Liga pra gente e venha tomar um café com pao de queijo conosco.
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