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Puglia: O destino perfeito para os amantes da Itália autêntica

Foto do escritor: Concierge de Viagem by Fernanda CeccoConcierge de Viagem by Fernanda Cecco

Desde 2021, quando saiamos de uma das piores pandemias do mundo moderno, alguns países se despontavam no turismo “revanche”, e a Italia foi um dos mais impactados por essa onda de viajantes de todas as partes do mundo visitando um dos bercos da civilização e suas maravilhas.

 

Nós que atuamos diariamente no turismo, com contatos em todas as partes, fomos impactados fortemente com essa onda, que na hora aparentava apenas uma demanda reprimida de viajantes querendo visitar um dos mais belos países da Europa, e que para nós brasileiros, é como se fosse uma segunda casa, afinal de contas temos hoje no Brasil quase 60 milhões de ítalo-brasileiros, bisnetos, netos e filhos de italianos que imigraram para nossas terras fugindo da guerra ou vindo em busca de uma vida melhor.

 

Após a pandemia, quando a Italia finalmente reabriu suas fronteiras para seus visitantes, tivemos muitos clientes que nos procuraram querendo conhecer as praias do sul da bota, ou na Puglia, mas também para explorar uma Italia nunca antes explorada de forma mais ativa por brasileiros. La fomos nos estudar através de amigos e fornecedores locais, uma vez que estávamos saindo de um período crítico e que naquele momento não tínhamos disponibilidade de pegar um avião e ir explorar por conta própria.  Entendemos que era uma região ainda não desenvolvida turisticamente falando, como a Costa Amalfitana ou a Toscana, mas que trazia em si um charme próprio, mais autêntica, rural e original como constatei nessa viagem a região.

 

Iniciou-se uma expansão de novos hotéis chegando na região, se preparando para um turismo mais exigente, mas ao mesmo tempo que buscava autenticidade, e não aquele luxo extravagante ou ate mesmo consumista.


Idem nas atracões turísticas locais, que antes eram exploradas por vizinhos e italianos, agora viram-se diante uma demanda nunca antes vista de estrangeiros, cruzando os oceanos para conhecer uma Italia rustica, autêntica mais cheio de charme, com uma riqueza de paisagens, monumentos, gastronomia, arte e cultura.

 

Todo esse movimento se intensificou muito desde então, e as vendas para aquela região quintuplicaram, mas ao mesmo tempo nos trouxe desafios enormes para atender bem nossos viajantes, superar suas expectativas de visita mas ao mesmo tempo encantar.

 

No começo, como tudo que se inicia e se torna sinônimo de moda, as especulações tarifarias foram enormes, hotéis que custavam 500 euros passaram a custar 1500 a 2000 euros, e viviam lotados nas temporadas mais concorridas, os passeios mais legais e desenhados para o viajante conhecer a autenticade da região também, o que nos fez buscar alternativas e parceiros que estivessem dispostos a investir a longo prazo, ou seja, não apenas viver um ou dois anos explorando os visitantes com tarifas exorbitantes mas sim juntos oferecermos experiencias únicas, autenticas e principalmente envolvendo pessoas da região, empresas da região que tinham toda a expertiese e DNA para encantar.




 

Todo esse movimento despertou em nos esse desejo de ir a Puglia no mês de outubro passado, a convite do governo local e de empresários locais do segmento de hotelaria e turismo.


Passamos 10 dias pela região, onde voamos ate Bari, uma das maiores cidades da região e de la começamos nossa viagem incrível a uma região que particularmente me identifiquei como estando em casa.

 

Em nossos estudos nestes três anos de intenso movimento de vendas para a região aprendemos que a melhor forma de explorar a Puglia e em carro, afinal de contas, estando em regiões chaves hospedados, podemos explorar diariamente lugares incríveis a apenas 1h de distancia.

 

Nossa 1ª noite foi na cidade de Polingnano a Mare,  é uma encantadora cidade à beira-mar na Apúlia, Itália. Um litoral pitoresco do Adriatico, cheio de encostas em pedra e corais, mas com uma beleza especial. Estando na região sugerimos algumas visitas a serem feitas:

De la, seguimos em carro a Locorotondo, uma vila localizada a uma hora de Polignano, no topo de um dos poucos platôs da região, bem rural, com uma paisagem curiosa de oliveiras, muitas cercas de pedra e hortas e plantações que abastecem os mercados locais.


Voce sabia que na região da Puglia há mais de 60 milhoes de oliveiras todas catalogadas e chipadas? Pois é... são controladas por uma entidade do governo através de satélite, legal isso ne? O mais interessante e que algumas tem mais de dois mil anos, e ainda produzem!

 Logo que nos aproximamos da região, já avistamos os belíssimos Trullis, um sinônimo da região – aquelas construções em formato de cone, brancos e que ainda hoje são usados como residência, galpões ou ate mesmo hotéis.

 

Logico que tínhamos um destino por la, e desde que planejamos essa visita já tinha imaginado muitas coisas, mas a experiencia foi incrível. Nos hospedamos no único Trulli resort da região, o Leonardo Trulli Resort.




 

Em meio a oliveiras e um jardim verde e florido, esse hotel me surpreendeu por sua qualidade, atenção aos detalhes, gastronomia autentica e original, mas principalmente por sua equipe de colaboradores.

 

Todos muito atentos aos detalhes e atenciosos, logo que chegamos fomos recebidos por nossos nomes, conversamos sobre o que faríamos naquela tarde e o que gostamos – numa conversa de cinco minutos já traçaram nosso perfil e de ali em diante éramos surpreendidos com degustações de vinhos locais, por sinal deliciosos, mas acima de tudo pela gastronomia local – seja por uma focaccia recém-saída do forno, ou uma mozzarella super fresca, um cha de infusão de ervas da horta deles etc.

 

O jantar que tivemos por la foi um dos melhores que fizemos na Puglia, produtos frescos, da horta, uma carne que desmanchava, mas acima de tudo a harmonização com vinhos locais combinou perfeitamente com os sabores e a proposta do jantar, muito sabor local e acima de tudo amor.

 

Se você esta se perguntando se o hotel e so com Trullis, acertou. Nossa suíte era uma Trulli linda, dois ambientes (duas trullis). Um quarto dormitório super aconchegante e outro ambiente acolhedor com o banheiro e uma antessala para leitura ou apenas mais espaço.

 

Na manha seguinte, nos reunimos com Rosalba, a proprietária e alma do hotel para um café e bater um papo, afinal gosto de entender de onde vieram, da historia e do que oferecem além da hospedagem ais seus hospedes e foi ai que tive uma aula de historia e empreendedorismo. O marido da Rosalba herdou do irmão e propriedade e desde então eles se dedicaram a passar adiante a essência da Puglia aos seus hospedes. Foi o que fizeram comigo. Passamos horas conversando, aprendendo da região e do nada estávamos juntos caminhando pelo centro histórico e ao mesmo tempo conhecendo lojas autenticas de décadas, restaurantes e cafés que eram icônicos e tinham que fazer parte de nossas sugestões de viagem.

 



Saimos de la com a alma lavada, como se diz. Por mais Rosalbas no meu caminho. Cada vez mais me convenço que autenticidade e o que encanta. Não adianta tentar encaixar o extravagante numa região dessa, que você percebera que ficara deslocado.


Apaixonados por Locorotondo e região, partimos para Fasano, a 45 minutos em carro de la, onde nos hospedaríamos no famoso e conhecido Borgo Egnazia, um complexo hoteleiro/resort enorme, frente mar.  Fomos recebidos pelo Antonio, o experience manager de la depois de dois anos com constantes contatos por email e telefônico, afinal o Borgo foi um dos hotéis que mais vendemos nestes três anos.

Icônico, um serviço impecável, bons restaurantes com uma gastronomia local e internacional, o Borgo Egnazia oferece uma ampla área de lazer para seus visitantes: campo de golf, três piscinas externas, kids club, um spa enorme, quadra de tênis e paddle, quadra poliesportiva e bicicletas para explorarem a região. Aproveitamos esse dia para relaxar e descansar, pois a partir do dia seguinte nossos dias seriam bem intensos como verão.



Nosso próximo destino seria ir pro sul da bota, Lecce e de la nos encontrarmos cum nossa anfitriã, Elisa e subir pelo interior, explorando cada cidadezinha, conhecendo sua história e curiosidades, foi incrível como verão a seguir. Como estávamos com carro alugado, tivemos que deixá-lo em nosso ultimo hotel, vizinho ao Borgo Egnazia, para busca-lo dois dias depois. Fizemos isso, mas na espera do motorista que estaria conosco desde então, em apenas 30 minutos elegemos nossa casa na Puglia rsrsrsrs.


As 14h, nosso motorista nos buscaria na Masseria Torre Maizza, depois explico o que são masserias, mas esse hotel, exclusivo, mas com um time incrível me deixou apaixonado pelo autentico, simples mas acima de tudo, original. Elegante, chique mas com alma. Esse é o local!

 

Bem, seguimos. Deixamos o carro ai, e embarcamos para Lecce, a apenas 1h30 de distancia de la, onde chegamos e nos hospedamos no Pallazzo Maresgallo, um hotel Palacio como o nome diz, único e repleto de belíssimas pecas de arte.

 

Uma residência do século 16, suntuosa e localizada no centro histórico de Lecce, oferece vários quartos, um diferente do outro, para uma hospedagem única e agradável. Sua localização privilegiada, dentro das muralhas da cidade, torna sua exploração mais fácil.


A noite, a convite do La Fiermontina Family Collection fomos conhecer o La Fiermontina Palazzo Bozzi Corso, em um edificio histórico atado de 1775, este elegante edifício fica a poucos passos da Basílica de Santa Croce em Lecce. Projetado pelo arquiteto do século 18 Emanuele Manieri, fomos recebido por Andrea o curador de arte do La Fiermontina Family Collectio, que nos contou a fascinante historia de amor da família Fiermonte e claro nos apresentou em detalhes as obras de arte da familia,


O Art Tour uma experiência que nos permitiu desfrutar de um tesouro de histórias maravilhosas, particularmente as de Enzo Fiermonte, Jacques Zwobada, René Letourneur, Antonia Fiermonte, Lady Astor e até John Lennon e Yoko Ono, amigos de Anne, a única filha de Antonia. O Art Tour terminou no belissimo rooftop, junto com bebidas e aperitivos italianissimo preparados pelo bartender do La Fiermontina, apreciando a vista da cidade iluminada, belíssima, os contrastes do antigo, medieval e histórico.


A noite estava só começando ... apos este aperitivo seguimos com Andrea para o Fiermonte Museu onde descobrimos sobre a vida extraordinária da família Fiermonte da Puglia, a brilhante Antonia Fiermonte, uma artista de coração indomável, que deixa a Itália na década de 1930 para seguir um destino francês de arte e amor. Na França ela se casou com o jovem escultor René Letourneur, mas sua paixão anos depois foi por Jacques Zwobada.


As obras destes três artistas apaixonados se entrelaçam no Museu Fiermonte.


A protagonista é a fascinante Antonia Fiermonte, violinista e pintora, musa, modelo, esposa e mãe de Anne. Ao seu lado, dois homens que marcam profundamente o seu destino: de um lado, René Letourneur (pai de Anne), escultor de estilo clássico e académico, com as suas figuras majestosas e poderosas, retratos de solene beleza; do outro, Jacques Zwobada, alma rebelde, músico, pintor e escultor, que na década de 1940 rompeu todos os laços com a realidade, criando obras líricas e sensuais, feitas de corpos que se fundem em abraços intensos e dolorosos.


Uma experiencia única, e apaixonante para quem aprecia arte e a boa hospitalidade.


Santa Croce - Lecce
Santa Croce - Lecce

Na manhã seguinte, seguimos pelas ruas de Lecce com uma guia historiadora, explorando a cidade e sua historia. Voce sabia que Lecce era uma das cidades mais importantes para o antigo Imperio Romano e capital barroca da Italia? Pois e! Varias estradas romanas antigas cruzam a cidade e ate hoje estão preservadas para contar a historia e muitas construções barrocas fazem de Lecce unica.


Se você gosta de história, a Puglia e um prato cheio de curiosidades e importância.

 

Seguimos viagem rumo ao norte, para o Valle da Itria, mas pelo caminho teríamos duas experiencias bem locais e imperdíveis. Fizemos nesse dia uma experiencia com os famosos minis Fiats 500 antigos. Dirigimos por duas horas explorando a região do Itria Valley, visitando Alberobello, a cidade branca, e parando para almoçar numa fazendo produtora de mozzarella, onde aprendemos e fizemos mozzarella que depois fizeram parte de nosso almoço, juntamente com outras iguarias locais e rurais deliciosas (embutidos, queijos variados, focaccias e obvio, muito vinho).





Recomendo essa visita e essa experiencia – dirigimos por estradas rurais entre as cidades e região, calmas e cheia de lindas paisagens, fora do circuito que você faria com seu carro alugado, e o mais legal, fotos únicas.

 

Chegamos na Masseria Torre Maizza, nossa casa pelos próximos dois dias. Chegamos e fomos explorar a cidadã de Fasano, charmosa e a apenas 10 minutos de distância do hotel em carro. Nessa noite escolhemos um restaurante bem conhecida pelos locais, fora do circuito turístico e foi uma das top 3 refeicoes da viagem. Massa fresca, peixes frescos, vários vinhos da Puglia deliciosos e que fizeram uma perfeita harmonização com os pratos, mas o principal para mim, foram os tiramissus. Comia no almoço e no jantar, para eleger o melhor, mas foi uma tarefa árdua, pois cada um era mais gostoso e fresco que o anterior depois falamos disso. Voltamos para o hotel, afinal aquele dia já terminava com sucesso e merecíamos uma boa cama.




 

Por falar de hotel, o Torre Maizza fica localizado em meio a hortas, oliveiras e muito verde, na região de Fasano, e suas espaçosas suítes oferecem uma vista lindíssima para os olivais ou campo de golf. Tudo muito tranquilo, silencioso e próprio para quem procura descansar. Suites amplas, espaçosas, uma cama excelente que te abraça e um café da manhã difícil de não degustar tudo que e oferecido. Os funcionários fazem a diferença, de novo. Por ser um hotel pequeno se comparado ao Borgo Egnazia, os detalhes e desejos são mais facilmente “memorizados” e tornam a experiencia mais autêntica, sabe!

 

Na manha seguinte, decidimos explorar a região litorânea em bicicleta – seriam 35 km do Torre Maizza ate a cidade de Polignano a Mare, percorrendo varias vilas, vilarejos e a cidade de Monopoli, que ficava no meio do caminho.

 

O porto de Monopoli era muito importante para as rotas comerciais do mediterrâneo, no século X. À beira mar, o Castelo di Carlo V, construído durante a dominação espanhola, e uma antiga muralha formavam a defesa da cidade com torres e canhões. A orla San Salvatore percorre toda a muralha do porto até a praia de Porta Vecchia. A Porta Romana é um dos acessos ao centro histórico pelo porto antigo, onde se destacam os arcos e janelas do Palazzo Martinelli do século XVIII.

Entre as tantas igrejas de Monopoli, destaque para a Cattedrale di Santa Maria della Madia, a padroeira da cidade. Reformada em estilo barroco no século XVIII, um muro de 33 m de altura, chamado muraglione, foi construído à direita da catedral, para proteger do forte vento que vem do mar.

O belo Largo Palmieri com o palácio homônimo e a Chiesa di Santa Teresa é uma típica praça pugliese. Todavia a Piazza Garibaldi é o lugar ideal para tomar um café ou um aperitivo. Enquanto, perto dali, está o afresco de San Nicola na Chiesa Rupestre di Santa Maria Amalfitana, esculpida na rocha por um grupo de marinheiros náufragos de Amalfi. Contudo a praça principal da cidade e uma das maiores da Itália é a Piazza Vittorio Emanuele II. Também chamada “Borgo”, a praça está a poucos metros de um dos acessos ao centro histórico.

 

Um percurso leve e rápido, logo terminamos nossa jornada e regressamos ao hotel para almoçar e nos preparar para a atividade da noite que era uma cooking class com uma chefe local, a Giada, uma senhora divertida e cozinheira de mao cheia.


Paramos em Ostuni para algumas compras no mercado junto com a Giada e de la fomos para sua casa, onde aprendemos técnicas para fazer uma bela focaccia e um autêntico macarrão Pugliese – e deu certo! Afinal de contas, se não desse, não haveria jantar rsrsrs. Essa e uma experiencia que pode parecer simples, mas vale muito a pena. Ir com uma nonna ao mercado, saber escolher os itens para o jantar saboroso, e depois aprender todos os truques para voce nao perder a essencia e o sabor, faz a diferenca.

 

De volta a Torre Maizza, descansar para o próximo dia que seria intenso.

Tinhamos mais dois dias pela Puglia e nesse dia fomos buscar as raízes históricas, a essência do local, do povo e da cultura italiana.

 



Nossa primeira parada foi na cidade de Altamura, conhecida localmente por abrigar o forno mais antigo do mundo, ainda ativo e usado para assar iguarias italianas das nonas da região. Falamos de séculos de uso. Quem chega até ali sente no ar o aroma de pão assado no forno a lenha logo pela manhã. Em 2003 o pane di Altamura recebeu a certificação DOP (Denominação de Origem Protegida), conquistando os paladares mais exigentes, mas na verdade esse pão é preparado há séculos. Basta observá-lo com atenção para identificar as suas origens. Sua crosta espessa (mínimo 3 mm), áspera e sua altura irregular lembram as mãos e as calosidades dos camponeses que cultivam a terra que produz o trigo da farinha de sêmola.

O melhor de tudo e fazer tudo isso em uma das quatro mesas que ficam na entrada do forno, ou seja, a concorrencia e enorme para sentar la e ficar ate duas horas degustando as delicias que sao produzidas e saem quentinhas do forno.




O principal monumento de Altamura é a catedral românica de Santa Maria Assunta, construída graças às ordens do imperador Federico II no século XIII.

 

A cidade também é famosa por uma importante descoberta científica. Na década de 90, espeleologistas encontraram uma caverna cujas paredes estavam recobertas de ossos de animais presos entre estalactites e estalagmites e a caveira daquele que foi batizado como o homem de Altamura, um dos fósseis humanos mais incríveis do mundo.

 





Seguimos viagem, agora para Matera, a cidade famosa por abrigar as filmagens do filme 007 sem hora para morrer, onde o famoso JB destroem carros pelas ruas da cidade medieval.

 

O que fazer em Matera. Matera é a cidade dos Sassi. Em outras palavras, a cidade das antigas habitações escavadas nas rochas que há séculos formou um centro urbano onde, hoje, é o centro histórico.

 

Os Sassi foram usados como igrejas, moradias e túneis subterrâneos na Alta Idade Média. Além disso, nos anos 50-60, os Sassi foram considerados “vergonha nacional” por causa das más condições sanitárias e da superlotação das casas. Assim sendo, nos anos 80, começou o trabalho de conservação e recuperação. Em 1993, a UNESCO declarou que Matera é a cidade subterrânea de pedras e um Patrimônio da Humanidade.

 

Para os amantes de trekking, no meio do percurso panorâmico, a partir da piazza di Porta Pistola, uma trilha desce até a ponte suspensa tibetana que passa sobre o riacho Gravina e depois sobe em ziguezague até o mirante Murgia Timone de onde se vê Matera de um outro angulo. O percurso dura 1h.

 


Nossa ida a Matera foi para conhecer a cidade e seus mistérios e histórias, mas também para experimentar um Cave Hotel, em uma das encostas da cidade. Nossa noite naquele dia seria no Sextantio hotel, composto por 18 quartos e uma antiga igreja, a “Cripta della Civita”, hoje utilizada como área comum, todos renovados para manter as suas características originais. Nessa noite jantamos no mesmo hotel onde tivemos uma degustação da culinária local, bem diversificada e saborosa, muita massa e pratos de caca, além de doces italianos.

 

O quarto que ficamos era enorme, claro, uma caverna, ducha, banheira e um dormitório amplo, cama king, um escritório e um pe direito que tinha uns 5 metros. Diferente a experiencia, mas tem que estar com muita mente aberta para essa aventura.

 

Amanhecia, e de la já com nosso carro alugado, voltamos para Lecce, cidade que nos apaixonamos – dessa vez íamos explorar mais o lado gastronômico da cidade, além das cantinas mais conhecidas pelo povo local, autenticas e originais, com aquela massa da nona, molho de tomate espesso, saboroso e que tinha sido feito naquela manha – foi uma verdadeira orgia gastronômica – claro, por ter buscado essa essência regional, me deparei com vários empórios vendendo massas variadas, molhos, ervas e tudo que possa imaginar para aquele almoço dominical em família – claro que voltamos com uma mala de iguarias deliciosas que nunca encontraríamos em São Paulo, nem mesmo no Bexiga ou nos empórios mais chiques da cidade.

 

Dessa vez nos hospedamos no La Fiermontina Hotel, dentro das muralhas da cidade, no centro histórico. Nossa casa longe de casa, como os italianos daquela região notaram que o turismo e o segredo do sucesso e da prosperidade – que dele vem divisas importantes para a população e para a prosperidade regional. Quartos amplos, uma equipe animada e prestativa, e uma manager muito querida e que ama brasileiros, isso ajuda muito, não imagina como!